Elephant Riding
Quando se fala em exploração do animal com fins lucrativos, começa a tremedeira da turma da proteção aos animais. Também sou contra isso, mas muitas vezes e felizmente o uso de animais com fins lucrativos colabora para a preservação da espécie. O elefante asiático estaria há muito tempo extinto se não fosse usado pelo homem, tanto para carga ou para atividades de lazer. Não seria possível convivência dos homens com o elefante asiático na forma selvagem, ele invadiria e devastaria plantações e aldeias. Seriam imediatamente mortos. Por isso, o elefante asiático sobrevive graças a simbioses com o homem.
O que não se pode admitir é o mal trato aos animais, e não senti isso com os elefantes do nosso “Elephant riding”. Mesmo por que um elefante maltratado e estressado é perigosíssimo.
O “Elephant riding” faz parte de um pacote, oferecido por uma empresa de Luang Prabang, com o estranho nome de “Phone Travel Co.”. O pacote incluia ainda visita às cavernas Pak Ou e uma visita a um vilarejo. Lá fomos nós de ônibus, a excursão toda, para o local de partida dos elefantes, cujo originalíssimo nome é “Elephant Camp Phone Travel”.
O Elefante Riding foi uma experiencia desconfortável, por que elefantes não tem sistema de suspensão nem amortecedores. Se voce tiver hérnia de disco grave, desaconselho o passeio. Também não tinha sela nem cinto de segurança, balançava bastante; se segure por que se voce contar que quebrou o braço caindo de um elefante ninguém vai acreditar.
O guia vai à frente, sentado na nuca do elefante, que o obedece caninamente, ou elefantemente. No final do passeio, o guia fica ali te rodeando. Como todo laonciano, tem vergonha de pedir gorjeta. Fica esperando ansioso por uma decisão sua. Claro, você não vai deixar de dar uns trocados.
Preservem as urutus !
Bom, já que falei em preservação dos elefantes, vou continuar com o assunto.
Quando se fala em preservação das espécies, o homem é bem preconceituoso. Todos se penalizam com os pandinhas, os coalas, focas, lontras, e dizem que a humanidade precisa unir esforços para preserva-los. Até agora não ouvi ninguém levantar bandeiras pelas jararacas, cascavéis e sucuris. Nem pelas pacas, gambás, lagartos e preás. Eles, e varias outras espécies, são feios, fedidos ou venenosos, e por isso não contam com a nossa simpatia.
E não se iludam : os pandas, com habitat natural exclusivamente na China, sobreviveram graças a um esquema multimilionário por trás da preservação deles. Os chineses, famosos por não terem compaixão nenhuma dos animais, faturam milhões de dólares com locação de pandas aos zoológicos do mundo afora.
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