Soltando passarinhos
Próximo aos pontos turísticos do Laos há sempre pessoas vendendo passarinhos presos em gaiolas minúsculas. Os vendedores oferecem os pássaros aos turistas, e através de mímica explicam que são para serem soltos. O preço não é caro, menos de R$ 1,00 por passarinho.
Eles procuram vender a idéia de que você, turista, é o super herói que veio de longe para salvar os passarinhos do cativeiro.
Eles sabem que os turistas tem compaixão dos passarinhos e acabam comprando e soltando-os. É uma forma cruel de exploração dos pobres pássaros. Não creio que eles tratam bem dos pássaros e muitos deles devem morrer nas gaiolas.
O correto é não ceder, não comprar, para não fomentar este tipo de comércio. Na verdade é um círculo repetitivo : nativo prende passarinho, turista compra e solta passarinho; nativo prende passarinho, turista compra e solta passarinho; nativo prende passarinho, turista compra e solta passarinho… Alguem precisa quebrar este círculo, e certamente não será o nativo.
Mas o caso pode ser analisado também por um ângulo menos cruel : nativo prende passarinho, turista compra e solta passarinho. Passarinho fica contente, vai embora. Turista fica contente de ter feito uma boa ação. Nativo ganha um dinheirinho. Nenhum passarinho foi ferido nesta transação e todos tiveram um final feliz.
Passarinhos vendidos em mini-gaiolas
Açougues e peixarias na Indochina
Em todo sudoeste asiático, na India, Tailandia, Paquistão, etc. a carne é vendida sem as condições mínimas de conservação. Exceto em Cingapura, ali a coisa é mais desenvolvida. Os fiscais de saúde pública do Brasil iam ficar horrizados na Indochina. Aqui a eletricidade é coisa cara, de luxo. E por isso, a refrigeração é artigo de luxo. Creio que tão logo que acabe a feira, as carnes vão para alguma camera fria. Ou então toda a carne é vendida rapidamente, antes que se estrague, já que a oferta é bem pequena. Os vendedores de carne e peixe costumam ficar perto dos produtos, para espantar as moscas, que são muitas. Só fazem isso quando chega algum cliente. Eles não gostam de ser fotografados. Eu não vi nenhuma carne estragada sendo vendida, pelo contrario, ela é sempre fresca.
Moça vende carne em Luang Prabang, Laos
Mulheres vendem carne em Luang Prabang, Laos.
Esta é uma forma de conservar o peixe sempre fresco, sem necessidade de sistema de refrigeração.
O mistério da Diet Coke
Em nosso hotel em Vientiane, havia uma tabela de preços dos produtos do frigobar.
Havia o preço de todos os itens, menos da Diet Coke. Quem quisesse Diet Coke tinha que ligar para o serviço de quarto. O motivo, eu não sei. Devia ter ligado, mas me esqueci.
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